Uma das emergências da área de otorrinolaringologia é a perda auditiva súbita, que consiste em uma surdez que ocorre de maneira abrupta, sem motivo aparente.
Pode ter diversas causas, mas na maioria das vezes não é possível descobrir um motivo exato, sendo as principais hipóteses infecções virais e doenças auto-imunes.
Antes de entender a perda auditiva, vamos falar um pouquinho sobre a nossa audição:
Como funciona nossa audição?
Inicialmente, o som é recebido pela nossa orelha externa e conduzido através do conduto auditivo externo até vibrar nossa membrana timpânica. Essa vibração segue sendo transmitida e amplificada pelos ossículos da audição (martelo, bigorna e estribo) que, por sua vez, estimulam a cóclea.
A cóclea é a grande estrela da nossa audição. Ela é preenchida por líquido e é onde se encontram as células responsáveis por transformar o estímulo sonoro/mecânico em estímulo elétrico. Este é transmitido pelo nervo auditivo até o córtex cerebral, onde é processado e percebido por nós como um som.
É importante ressaltar que alterações em qualquer uma dessas etapas podem resultar em perda auditiva e, por isso, a avaliação médica realizada pelo otorrino e os exames de audição executados pelos fonoaudiólogos são fundamentais e a indicação para cada paciente deve ser individualizada.
Como acontece a surdez súbita?
A perda auditiva súbita pode ser percebida como uma sensação de abafamento ou zumbido no ouvido, sensação de aumento da pressão dentro do ouvido ou perda total da audição.
O diagnóstico é feito por meio da audiometria, que deve ser prontamente realizada – assim que o paciente perceber os sintomas. Iniciar o tratamento precocemente é fundamental, idealmente nas primeiras 72 horas do início do quadro clínico – quanto mais cedo, maiores as chances de recuperação da audição.
A base desse tratamento são os corticosteróides, que são normalmente usados por via oral. Além dessa forma de uso, frequentemente, é necessária a sua administração intratimpânica, na busca por melhores resultados. A aplicação desses corticoides é realizada no próprio consultório, injetando-se o medicamento no tímpano, com uma fina agulha, sob anestesia tópica.
Após o diagnóstico e instituição do tratamento, é fundamental que se faça investigação das possíveis causas da surdez súbita, através de exames laboratoriais e de imagem. Por vezes, a depender do histórico médico do paciente e das suas queixas sistêmicas associadas, torna-se importante também a avaliação com outros especialistas, como reumatologistas, infectologistas ou neurologistas.
Fique atento a qualquer alteração em sua capacidade de perceber os sons! Se ocorrer, busque atendimento otorrinolaringológico.
O IGO conta com profissionais habilitados para diagnóstico e tratamento da surdez súbita, além de equipe de fonoaudiologia para realizar a audiometria.