A vertigem (alteração da percepção espacial, geralmente com sensação de movimento rotatório) é uma queixa comum no consultório do otorrino. Na maioria das vezes, o paciente com vertigem se intitula ou é diagnosticado equivocadamente como portador de Labirintite.
No entanto, a causa mais comum de vertigem originada no labirinto não é a Labirintite, mas sim uma doença chamada Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB).
Entenda o que é VPPB
A VPPB caracteriza-se por episódios de vertigem com duração de alguns segundos a poucos minutos, desencadeados por mudanças de posição da cabeça e que se repetem várias vezes ao longo de alguns dias, semanas ou até meses.
Acomete pessoas de todas as idades, sendo rara em crianças e mais comum após os 50-60 anos de vida, representando a principal causa de tontura episódica nesta faixa etária.
O primeiro episódio de vertigem costuma iniciar quando a pessoa acorda e, ao tentar se levantar ou virar na cama, sente tudo girar ao seu redor. Pode ser acompanhada de náusea, vômito, suor e palidez da pele. Nos dias subsequentes, volta a se repetir em menor intensidade e por poucos segundos.
A explicação para estes sintomas deve-se à existência de pequenos cristais de carbonato de cálcio no labirinto (as chamadas otocônias) que, quando estão no lugar correto, ajudam a manter o equilíbrio. Por motivos que na maioria das vezes não são identificáveis, estes cristais saem do lugar e, ao mudarmos a posição da cabeça, pelo efeito da gravidade, eles se deslocam dentro dos canais do labirinto, gerando a sensação de vertigem.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é feito durante a consulta médica, com investigação do histórico clínico do paciente e exame físico (testes posicionais em uma maca).
A única forma da VPPB melhorar é com o retorno dos cristais ao seu lugar de origem. O tratamento adequado consiste na realização de manobras para o reposicionamento dos cristais, podendo ser realizado no consultório do otorrino.
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